domingo, 19 de junho de 2011

Enzima Reduz Custo e Impacto Ambiental na Produção de Celulose

 



 Uma enzima capaz de trazer benefícios econômicos e ambientais no branqueamento da celulose para produção de papel acaba de ser criada por uma parceria entre o Departamento de Química da USP, em Ribeirão Preto (SP) e a empresa Verdartis Desenvolvimento Biotecnológico. O ganho ambiental da pesquisa, realizada no laboratório do professor Richard Ward, acontece principalmente pela redução do volume de água no processamento da madeira para a obtenção da celulose e da quantidade do agente químico de branqueamento.

Branqueamento da celulose
A partir do isolamento de uma enzima extraída de um microorganismo que apresentou potencial de aplicação no branqueamento de celulose, os pesquisadores conseguiram produzir uma enzima para atuar em processos de produção de celulose acima de 90ºC. "A enzima conseguiu facilitar a entrada do dióxido de cloro e da água no emaranhado de fibras, o que levou a uma redução de 25% na utilização desse produto químico", afirma Lourenzoni. Entretanto, diz, as enzimas comerciais hoje existentes fazem esse corte em muitas partes, deixando uma grande quantidade de resíduos de fibras que são liberados na água utilizada no processo e que vai para os afluentes. "Além da redução na utilização do dióxido de cloro, outra vantagem da enzima produzida e melhorada pelo grupo é que ela não solta resíduos na água, tornando-a mais eficiente tanto economicamente como ambientalmente. É o único produto que deverá estar no mercado com esse potencial", comemora. No processo de branqueamento da celulose, todo resíduo de dióxido de cloro e de outros químicos necessitam de um tratamento muito eficiente para que não chegue ao meio ambiente. O grupo também pesquisa um grupo de enzimas que deverá reduzir a energia elétrica utilizada na produção do papel. "A massa que forma o papel precisa ser solubilizada, ou seja, se soltar. Para isso, usa grande quantidade de água e refinadores elétricos. Quando colocamos esse novo grupo de enzimas, elas facilitam a soltura e reduz em até 30% a energia gasta no processo".


Com informações da Agência USP- 02/05/2011
site: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=impacto-ambiental-producao-celulose&id=010125110502

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